segunda-feira, 27 de outubro de 2014

POR QUE FAZER PSICOTERAPIA?




 
Lembro-me das primeiras vezes em que ouvi falar sobre psicoterapia: “isso é besteira, pra que pagar alguém pra te dar conselhos se você tem amigos” ou então “pessoas que são doentes que precisam de terapia”, “só quem é fraco ou carente que paga para alguém falar o que tem que fazer” esses comentários entre outros são muito comuns. Até porque a profissão é muito nova no país e no mundo. 

Mas para que serve afinal?

Este trabalho consiste em auxiliar pessoas que sentem que não conseguem se libertar de algum padrão de comportamento ou pensamento, a qual resulta em sofrimento físico ou emocional. Esse sofrimento impede com que a pessoa consiga atingir metas na vida.
O terapeuta costuma adotar uma postura acolhedora e receptiva, sem senso crítico ou de pré julgamentos. Assim a pessoa fica a vontade para expressar e lidar com algo que ela própria ignora, recrimina ou não consegue lidar. Através do diálogo, a pessoa sente-se melhor por poder compartilhar com uma figura neutra suas dificuldades.
Em casos de traumas de infância ou adolescência, o terapeuta poderá utilizar técnicas para que a pessoa entre em contato com o que sentiu naquela situação e assim poder redefinir um novo padrão de comportamento, pensamento baseado na sua vida atual, libertando-se daquele momento traumático que a aprisionou.
Os benefícios da psicoterapia refletem no desempenho profissional, amoroso e interpessoal. Quando sabemos o que estamos sentindo e como lidar com isso, bem como o que a nossa fala, tom de voz, olhar, desperta no outro, podemos conseguir obter maior sucesso na maneira de expressarmos e assim alcançar objetivos.
O processo terapêutico é libertador, no sentido de quê a pessoa adquire ao longo das sessões recursos internos para lidar com a vida e seus desafios. Tornando-a mais confiante, com boa autoestima e autonomia para a tomada de decisões.

E você, tá esperando o que para marcar uma sessão?

"A vida não tem controle remoto, você precisa levantar e MUDAR" 
(autor desconhecido)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O que é Análise Transacional?


A Análise Transacional é uma abordagem da psicologia que analisa como as pessoas sentem, pensam, agem e se relacionam. Criada pelo psiquiatra canadense Eric Berne em 1958, a AT é um excelente método para a compreensão do ser humano e um instrumento eficiente de ação preventiva e transformadora. Através dos instrumentos da AT, a pessoa passa a se perceber e a compreender o seu funcionamento interno e também como os outros funcionam, podendo entender então seus relacionamentos e perceber o que precisa ser mudado.
A Análise Transacional é uma teoria positiva, a qual confia no potencial do ser humano. Os seus princípios filosóficos são de autonomia, consciência, espontaneidade e intimidade. Para a AT todo indivíduo nasce com o potencial de ser feliz, de ter sucesso e relacionamentos de qualidade. No entanto, dependendo das mensagens que recebe e decisões que toma, pode limitar este potencial e passar a agir de acordo com as expectativas dos pais, ou estabelecendo relacionamentos “tóxicos” dependentes e infelizes, e assim não alcançando os objetivos estipulados.
Nesta teoria Eric Berne estruturou dez instrumentos para a melhor compreensão do funcionamento da personalidade humana que são distribuídos da seguinte maneira:

Estados de Ego: funcionamento da personalidade.
Transações – a comunicação nos diversos relacionamentos.
Carícias – o dar e receber afeto, como nos nutrimos afetivamente.
Estruturação do Tempo – administração e organização do próprio tempo.
Posição Existencial – como me vejo como vejo o outro e a forma como me posiciono no mundo.
Emoções – alegria, tristeza, amor, medo, raiva e mecanismos de “disfarces”.
Jogos Psicológicos – esquemas de comportamentos repetitivos que geram conflitos nos relacionamentos interpessoais.
Scripts – roteiro de vida e suas decisões que seguimos e que limita nosso potencial.
Dinâmica de grupo – técnicas e vivencias grupais.

A Análise Transacional é um método psicoterapêutico que utiliza uma linguagem simples e acessível, possibilitando qualquer pessoa ter recursos para se autoanalisar e assim obter autonomia da figura do terapeuta. Ela pode ser utilizada como uma filosofia de vida e aplicada em várias áreas de atuação como empresas, escolas, hospitais, etc.
 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Estabelecendo limites sem culpa!



Muitos de nós recebemos uma educação autoritária, na qual não havia diálogo e muito menos espaço para expressar e aprender a lidar com as emoções. Diante de algumas experiências negativas, muitos pais ficaram perdidos e buscaram na permissividade uma nova maneira de educar seus filhos. Porém, junto com este novo modelo de educação, somam-se as novas configurações familiares (pais que já se casaram mais vezes e tiveram filhos de outros relacionamentos, mulheres e homens com rotinas profissionais e dividindo as rotinas domésticas, mulheres que provem igualmente ou mais que os homens, casais do mesmo sexo,...). Com isso muitas famílias estão confusas ao que se refere a essa nova estrutura familiar (funções e papéis na criação de filhos, administração do tempo e quando negar ou impor limites).
Como a falta de limites afeta as criança?
As crianças de hoje não podem sofrer traumas, sentir frustração, não podem ou não sabem esperar, não se sentem realizados, estão insatisfeitos. A falta de limites afeta diretamente o desenvolvimento das dimensões da administração do tempo (desejo, espera, ação,...).  A falta de desejo surge quando os pais dão além do que as crianças precisam. Assim elas não sentem motivação para se sujeitarem a tarefas que não lhe agradam e exijam algum esforço, visando um objetivo maior (notas melhores, passeios, momentos em família...).
Muitos valores estão perdidos pelo fato de vivermos em um momento de “coisificar” pessoas, lugares, conhecimentos. O valor emocional (simbólico) que era agregado anteriormente não existe mais, pelo fato de o consumismo e a correria do dia a dia tomarem conta da vida deixando-a limitada, reducionista.
Muitos pais sentem culpa por acreditarem que precisam ter quantidade de horas presente na vida de seus filhos, mas não percebem que a chave está na qualidade que pode estar vinculada ao amor, carinho, satisfação, conhecer suas necessidades, potencialidades e suas dificuldades, ou seja, em estar presente integralmente naquele momento com seu filho. 
Assim a relação poderá ser construída com equilíbrio e os “nãos” poderão ser dados sem culpa, com maior propriedade e firmeza pelos pais. Caso contrário a culpa vira “moeda” na relação e possibilita a manipulação dos filhos com os pais. 
Para um convívio familiar saudável ficam algumas dicas: criar o hábito de reunir a família para fazer refeições, assistir filmes; conversar em uma linguagem acessível com a criança; estabelecer metas; observar a sintonia do casal nos "nãos".
A superação de alguns problemas só será possível se os pais tiverem desejo e vontade de mudar aspectos pessoais. Desejo significa energia para planejar, necessidade de buscar. Vontade significa a energia necessária para a ação, o movimento indispensável para a busca. Só havendo a decisão individual é que a tarefa de reorganizar a família, definir novas regras de funcionamento, aprender outras formas de comunicação e relacionamento será possível. 
Na psicoterapia muitos pais tem a oportunidade de trabalhar alguns entraves que refletem na educação de seus filhos. Através do autoconhecimento alguns ajustes podem ser feitos e assim a educação flui de maneira mais leve e saudável!