Há algum tempo venho refletindo sobre a importância do
Reconhecimento na vida das pessoas. Percebo que todos nós de uma maneira ou outra
buscamos isso. Um exemplo claro são fotos ou comentários postados nas redes
sociais e que fazem sucesso pelas “curtidas” e elogios. Fazendo com que a
pessoa que postou se sinta querida, aceita e até amada por grupo de quem ela
também estima e identifica-se. Até aí tudo bem, o que me chama a atenção são as
pessoas que dependem emocionalmente disso para se sentirem bem, necessitando
compartilhar na rede tudo o que fazem ou o que pensam, como uma maneira de serem "vistos"!
Eric Berne fundador da Análise Transacional definia o
reconhecimento, como “uma necessidade do ser humano em receber afeto pelo o que
são e pelo o que fazem. Sendo fundamental para a sobrevivência e o
desenvolvimento humano”.
Mas pensando aqui, tudo começa quando nascemos...
Primeiramente choramos, para sermos ouvidos e correspondidos com a voz ou com o toque. Quando somos atendidos nessa necessidade de reconhecimento, ficamos tranquilos e nutridos, isso o que eu conto aqui, é algo instintivo, faz parte da nossa sobrevivência. Imagina se ficamos perdidos em uma selva, choramos alto até que algum ser humano nos ouça e nos atenda em nossas necessidades primárias, frio calor, fome, sono, higiene.
Primeiramente choramos, para sermos ouvidos e correspondidos com a voz ou com o toque. Quando somos atendidos nessa necessidade de reconhecimento, ficamos tranquilos e nutridos, isso o que eu conto aqui, é algo instintivo, faz parte da nossa sobrevivência. Imagina se ficamos perdidos em uma selva, choramos alto até que algum ser humano nos ouça e nos atenda em nossas necessidades primárias, frio calor, fome, sono, higiene.
Mas e depois dessa fase inicial, como a falta de
reconhecimento manifesta?
Quando a criança busca a todo o momento a atenção dos pais,
principalmente o olhar da mãe. Ela poderá criar estratégias para conseguir isso
de maneira positiva ou negativa, exemplos: desafiando os pais, estragando
brinquedos, fazendo gracinhas, dançando, cantando, chamando, entre outras
formas. Mas porque o ser humano é capaz de fazer algo que outros desaprovam ou
recriminam?
A indiferença é o pior sentimento que o ser humano pode
expressar. É mais potente do que a raiva, agressividade, disputa, medo e
tristeza. Porque estas ainda são formas de reconhecimento. Se uma pessoa
expressa raiva por outra é porque ainda
se importa de alguma maneira por ela. Se a agride fisicamente ainda é uma forma
de reconhecimento (sinestésico). Em suma, para não ficar sem, nos nutrimos com
o reconhecimento que é dado, mesmo que de maneira negativa!
Ao longo da nossa vida, podemos regredir em algumas fases do
nosso desenvolvimento principalmente em momentos de estresse, gestação, parto,
luto, mudanças bruscas. E por que regredimos? Por serem situações desgastantes, as
quais perdemos “energia” e necessitamos
nos resguardar para dar conta da dificuldade. A necessidade de amparo,
cuidados, atenção surge como um sintoma de que precisamos recarregar nossas
baterias de afeto. Lembrando que todos nós temos um sistema de crenças, as
quais nos norteiam na vida, as mesmas podem nos limitar a pedir, aceitar,
recusar ou dar afeto, fontes de reconhecimento. Com essa falta, pode levar ao
adoecimento como uma maneira mais “aceitável” na família ou sociedade de
extorquir isso.
O afeto pode ser manifestado em diversas maneiras: visual - alguém que preste atenção com o olhar, auditivo – alguém que nos ouça e sinestésico
– receber um abraço, beijo ou cafuné.
É como se tivéssemos internamente uma caixa que hora está
cheia hora está vazia. Quando está vazia precisamos buscar algo que a preencha
de maneira mais autêntica para ser potente/nutritiva. Mas se temos uma crença
de que pedir atenção é sinônimo de fragilidade, de vergonha ou que não será
dado de maneira espontânea e por isso não tem valor, não fazemos. Essas trocas
podem ser comparadas da mesma maneira que o alimento está para o corpo, como o
afeto está para o psiquismo. Somo seres que necessitamos de interação e
reconhecimento para a manutenção de nossa saúde mental.
Com isso o reconhecimento está presente em várias situações
corriqueiras em nossa vida e pela inobservância, ela pode passar despercebida. Qualificar
um elogio, um gesto de carinho, abraço, beijo, bem como, rever o sistema de
crenças que limita as diferentes formas de dar, receber, pedir e negar
Reconhecimento, são atitudes que propiciam um estilo de vida mais saudável e a
redefinição de um padrão de comportamento mais autêntico.
E você? Tá esperando o que para dar e receber Reconhecimento??